quarta-feira, 29 de abril de 2015

CUSTO DO CAMINHÃO - PNEUS


A Escolha
   A importância do pneu correto, tanto pela sua utilização quanto a sua durabilidade é muito importante para a manutenção do negócio das transportadoras. Afinal o pneu é o segundo maior custo de uma frota após o combustível e mais uma vez se faz importante a escolha do pneu correto uma vez que já existe no mercado pneus que ajudam em até seis por cento na economia de combustível.

O custo
   Um outro aspecto que o empresário deve ficar muito atento é que o que faz um pneu ser bom e barato é exatamente o quanto ele rende em quilômetros. em outras palavras quanto este pneu te custa a cada quilometro rodado, alguns chamam isto de custo quilométrico é onde você dividi o preço do pneu novo e de suas reformas e o quanto ele rodou até sua carcaça não servir mais ou mesmo for vendida e o pneu que der o menor valor é o que de fato é o mais barato. O que nos leva a seguinte conclusão é possível que o pneu que tenha o menor desembolso inicial se mostre o mais caro no final de sua vida util.

O Controle
   Imagine o cenário uma frota de cinquenta caminhões truck ou seja quinhentos pneus no solo e o proprietário deste patrimônio não tem controle de troca, rodagem, reforma ou mesmo de que pneu esta em que carro qual séria a possibilidade de prejuízo deste empresário em um ano. Muito grande afinal só em pneu sem contar rodas, câmeras de ar e válvulas ele teria no mínimo quinhentos mil reais rodando por ai sem o menor controle ou conhecimento de suas ocorrências. O pior de tudo é que esta situação ocorre todos os dias nas empresas onde sua direção ver o pneu como uma commodity ou até mesmo como um mal necessário.

   A questão é que esta situação é um grande erro, pois existe centenas de pneus diferentes estas diferenças começão no composto da borracha, passam pela estrutura da carcaça chegando na utilização.

   É neste momento que chegamos a pessoa do controlador é o profissional que sabe quanto cada pneu rende em quilometragem, a hora do rodízio (pode ser na própria roda, no eixo ou entre eixos), verifica o momento e a possibilidade de ressulcagem( explicaremos posteriormente), a hora da reforma, onde e quando foi colocado cada pneu e finalmente e não menos importante ao contrario é o ponto crucial qual o custo de cada quilômetro rodado.

   Com o controle e a comparação dos diversos tipos e marcas de combustível, Heitor conseguiu reduzir em mais de dois centavos o custo de cada quilômetro rodado. Esta redução representa, aproximadamente, quatro vezes tudo que o seu caminhão gasta com óleo lubrificante, ou um terço de tudo que ele gasta com manutenção ou, ainda, 70% de tudo que o seu caminhão gasta com pneus.



A economia obtida com o diesel deixou nosso amigo animado, ao ponto dele comparar outros gastos, como os pneus, por exemplo. Em suas anotações havia os seguintes dados para calcular o custo por quilômetro com pneus.

Preço do pneu novo
R$ 570,00
Durabilidade do pneu novo em quilômetros
80.000 km
Preço da recapagem
R$ 150,00
Durabilidade de cada pneu recapado em quilômetros
75.000 km

Como ele conseguiu estes valores?

Da mesma forma que todos os carreteiro controlam os gastos do seu caminhão, ou seja, olhando nas suas anotações ele sabe o quanto pagou pelo pneu novo, e o quanto pagou por cada recapagem.

A durabilidade dos pneus novos e recapeados foi obtida da seguinte forma:

km do odômetro
205.000
quando o pneu
saiu liso
-
km do odômetro
105.000
quando o pneu
começou a rodar
=
Durabilidade do
100.000
pneu em km

A durabilidade é o quanto o pneu durou efetivamente rodando, não o quanto o fabricante ou seus colegas lhe falam. Da mesma maneira, ele obteve o quanto durou o pneu novo e o recapado e também quantas recapagens se consegue com uma carcaça.

Como Heitor conseguiu achar o custo por km dos seus pneus?

Pneu novo
1ª. recapagem
2ª. recapagem
3ª. recapagem

Total
Preço
R$ 570,00
R$ 150,00
R$ 150,00
_____________
R$ 870,00


+
Durabilidade (km)
80.000
75.000
1.000
____________
156.000


+

Neste caso, Heitor só recapou o pneu duas vezes, pois na segunda reforma o pneu rodou 1.000 km e estourou, por isso ele não colocou nem o valor nem a durabilidade da terceira recapagem.
Custo por quilômetro com pneus

Quantidade de pneus
10
do caminhão
x
Preço
R$ 870,00
Total
:
Durabilidade
156.000
Total em km
=
Custo de pneu
0,0558
por km

Por que o Heitor multiplicou pela quantidade de pneus do caminhão?

Porque, infelizmente, nem motocicleta roda com um pneu só e no seu caso ele está rodando com um truck que tem 10 pneus.

Heitor chegou, então, a um custo de R$ 0,0558 por quilômetro com pneus, ou seja, cada quilômetro que seu caminhão rodava ele gastava aproximadamente cinco centavos e meio com pneus.

Fonte:http://www.revistaocarreteiro.com.br/pages.php?recid=21

PNEU - Cuidados para Economizar

Montagem / desmontagem


  • Devem ser efetuadas preferencialmente por profissionais capacitados de nossa Rede de Revendas com ferramentas e processos adequados, além de máquinas adaptadas.
  • As rodas devem ser adequadas à dimensão do pneu e estar em perfeitas condições.
  • Pneus novos "TT" (com câmara) deverão ser montados com câmaras novas.
  • Pneusnovos"TL"(semcâmara)deverãosermontadoscomválvulas novas.
  • Em um mesmo eixo, empregar pneus com a mesma dimensão, modelo, índice de carga e velocidade.
  • Verificar,antesdamontagem,seosíndicesdecargaevelocidadedo pneu se adequam ao modelo do veículo e ao tipo de utilização.


ALINHAMENTO

    O alinhamento dos pneus tem a função de manter as rodas do veículo o mais paralelo possível, sem irregularidades entre os ângulos de um mesmo eixo ou entre os diferentes eixos. Isso evita desgastes anormais rápidos, que comprometem a durabilidade dos pneus.
Benefícios de alinhar os pneus do caminhão ou ônibus
1. Aumento da vida útil e preservação da integridade estrutural do pneu;
2. Menor resistência à rodagem;
3. Aumento da vida útil dos vários componentes de suspensão;
4. Possibilidade de fazer ressulcagem
Alinhamento e balanceamento andam de mãos dadas
    Sempre que você for checar o alinhamento do seu veículo, é muito importante que também faça o serviço debalanceamento dos pneus.

ALINHAMENTO CORRETO DOS PNEUS

    O balanceamento é o equilíbrio de massas distribuído ao longo dos 360º do conjunto Roda + pneu. Quando há maior concentração de massa em uma parte desse conjunto, gera-se um desequilíbrio no mesmo. É por este motivo que há a sensação de trepidação no volante.
Os benefícios do balanceamento para seu bolso
    Quando o conjunto (pneu + roda) do seu ônibus ou caminhão está devidamente balanceados, o desgaste é mais homogêneo na banda de rodagem e, consequentemente, há um aumento da vida útil dos pneus, rolamentos e demais itens da suspensão.
A importância de fazer balanceamentos frequentemente
    É mais comum perceber que o veículo está desbalanceado quando o problema ocorre no eixo da frente. Porém, dificilmente percebem-se as vibrações ou trepidações ( no volante ) quando os pneus do eixo traseiro estão desbalanceados.
    Por este motivo é importante sempre balancear todos os conjuntos ( pneus + rodas) e fazer manutenções frequentes.

Alinhamento

Definição: chamamos de alinhamento o processo de regulagem dos ângulos da direção e suspensão do veículo conforme as especificações do fabricante. Basicamente são 3 ângulos a serem verificados: convergência/divergência, câmber e cáster.
Deve ser efetuado:
  • Em todas as revisões periódicas estipuladas pelo fabricante do veículo ou, pelo menos, a cada 7000 km.
  • Sempre após um impacto forte contra buracos, pedras, guias ou outros objetos.
  • Sempre que houver a substituição de algum elemento da suspensão ou da direção.
  • Toda vez que se notar algum comportamento estranho no veículo, tendendo a ir mais para um lado ou com dificuldade de se manter na trajetória.
  • Quando forem verificados desgastes irregulares nos pneus.
  • Sempre que houver substituição de pneus.

Durante a rodagem, evite...

  • Conduções arriscadas, patinagens, freadas e arrancadas bruscas.
  • Impactos em meio-fio,buracos,cabeceiras de pontes e obstáculos na pista.
  • Cargas e velocidades superiores às indicadas no pneu(ver tabelas de índice de carga e de código de velocidade).
  • Longas paradas sobre produtos poluentes ou derivados de petróleo.
BALANCEAMENTO
    Balanceamento é o processo de compensação feito para equilibrar o conjunto de pneu e rodas do veículo. Ele é importante para evitar o desgaste prematuro dos pneus e dos componentes da suspensão e da direção.  
Definição: é o processo de equilibragem estática e dinâmica do conjunto pneu/roda.
Para que serve o balanceamento dos pneus?
    O balanceamento é necessário para suprimir trepidações que possam ocorrer no volante do carro. Além disto, quando há desbalanceamento, a direção torna-se instável e ocorre um desgaste irregular dos pneus.
Sinais que indicam pneus desbalanceados
    A maneira mais comum de perceber um veículo com pneus desbalanceados é quando o motorista sente trepidação no volante - ou às vezes vibrações no veículo todo – ao alcançar velocidade média de 60km/h.
    Porém, quando os pneus do eixo trativo e dos eixos auxiliares está desbalanceado, é mais difícil perceber as vibrações. Por este motivo é necessário balancear todas as rodas com frequência.
Quando o balanceamento deve ser feito?
  • Sempre que houver substituição de pneus;
  • Sempre que for efetuado conserto em pneus ou câmaras;
  • Por ocasião de vibrações no volante ou guidão;
  • Sempre que houver substituição de elementos do conjunto rodante – por exemplo: pastilhas de freios, rolamento da roda, peças da suspensão, etc;
  • Para conjuntos de  bicicletas ou motocicletas que tenham rodas com raios. Neste caso, verifique periodicamente a tensão e o estados deles;
  • A cada 10 mil quilômetros rodados.

Deve ser efetuado:

  • Sempre que houver substituição de pneus.
  • Sempre que for efetuado conserto em pneus ou câmaras.
  • Por ocasião de vibrações.
  • Semprequehouversubstituiçãodeelementosdoconjuntorodante. 
    Por exemplo: pastilhas de freios, rolamento da roda, peças da suspensão, etc.
  • Para conjuntos empregados em bicicletas ou motocicletas que possuam rodas dotadas de raios. Verificar periodicamente a tensão e o estado dos mesmos, eliminando excentricidades radiais e laterais inexistentes.

BAIXA PRESSÃO NOS PNEUS: UM VILÃO AO SEU BOLSO

Além de aumentar o consumo de combustível, ainda diminui a vida útil do produto

   Você sabia que além de perigoso, deixar seu caminhão ou ônibus com a pressão dos pneus abaixo do indicado pode custar caro ao seu bolso? Há dois fatores principais neste sentido:
Redução da vida útil


    Dirigir com pressão abaixo do solicitado pelo fabricante causa maior deterioramento ao pneu e pode sobrecarregar o sistema de direção. Além disso, a pressão incorreta gera um desgaste prematuro dos pneus. Para se ter uma ideia, um excesso de pressão de 20% representa uma redução de vida da ordem de 28% e, uma pressão abaixo em 20¢ representa uma perda de vida de aproximadamente 22%.



Aumento do consumo de combustível



    A pressão abaixo da recomendada aumenta significativamente a resistência à rodagem dos pneus. Uma pressão de 20% abaixo da recomendada aumenta o consumo em 1,7% (transporte em Longa distância).

Pressão errada é sinônimo de menor segurança
    Além de doer no bolso, a pressão baixa nos pneus causa maior fadiga aos mesmos, o que gera uma falha prematura. No caso de uma pressão alta, a mesma pode ocasionar uma menor aderência. Em ambos os casos, a segurança dos bens e pessoas fica comprometida.

VERIFIQUE A CALIBRAGEM DOS PNEUS

    A pressão correta melhora o desempenho dos pneus e economiza combustível, muito importante manter a pressão correta dos pneus do seu veículo, pois além de melhorar o desempenho do carro e economizar combustível, ainda contribui para sua segurança.

    Quando estão descalibrados, os pneus perdem aderência com o solo. Com isto, há aumento vertiginoso na distância percorrida em casos de frenagens bruscas e maior perigo de aquaplanagem em pista molhada.
    Além dos problemas de segurança, pneus com pressão inadequada também pesam no bolso, pois aumentam o consumo de combustível e as probabilidades de estragos no pneu, comprometendo sua vida útil.
Como saber qual é a pressão correta dos pneus do carro?
    A pressão correta varia de acordo com o tipo de pneu e modelo do carro. Todo fabricante deve informar aos consumidores qual é a pressão ideal dos pneus do veículo.
    Geralmente há um selo com esta informação no próprio veículo. Na maioria das vezes ela se encontra na parte interna da porta, próximo ao pilar de segurança, que fica visível apenas quando as portas do veículo estão abertas.
    Muitos fabricantes também colocam esta informação no para-sol. Caso seu veículo não tenha o selo em nenhum destes locais, basta olhar a informação no manual do proprietário.
Quando é preciso conferir a pressão dos pneus?
    No mínimo uma vez a cada 15 dias ou antes de pegar a estrada ou de longas viagens. Porém, o mais indicado é que o proprietário faça a calibragem dos pneus semanalmente.
    Além disto, quando o carro está muito carregado – com sobrepeso de bagagens, por exemplo -, é possível que o fabricante determine o aumento da pressão dos pneus. Neste caso, verifique a informação correta no manual do veículo.

Pressões

  • Seguir a recomendação do fabricante do veículo.
  • Corrigi-las sempre com os pneus frios, isto é, antes de iniciar a rodagem.
  • Freqüência de correção mínima: duas vezes ao mês, com manômetros aferidos.
Obs.: Nunca retire ar dos pneus quentes, isto é, durante ou logo após a rodagem. Verifique sempre se há fugas lentas de ar pela base ou núcleo da válvula. Coloque sempre tampas nas válvulas.

Indicadores de desgaste

    De acordo com as normas técnicas e de trânsito em vigor, é proibida a circulação de veículos equipados com pneus cuja profundidade dos sulcos da escultura esteja inferior a 1,6mm em qualquer ponto da banda de rodagem.
 

COMO REDUZIR A RESISTÊNCIA À RODAGEM

4 atitudes simples para diminuir a força de resistência e economizar dinheiro

FATORES QUE IMPACTAM NO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL.

    O pneu precisa ser flexível para proporcionar conforto e aderência, por isso, durante a rodagem ele se deforma em contato com o solo, aquecendo e consumindo energia, portanto combustível. 
    Para voltar à sua forma inicial após cada deformação, o pneu necessita de energia, sendo que parte dela é perdida em forma de calor. Essa perda de energia é chamada de resistência à rodagem, e esta é responsável por 33% do consumo de combustível de um veículo de carga e passageiro. 
    Portanto no caso do pneu de carga e passageiro, para reduzir o consumo de combustível é preciso reduzir a “resistência à rodagem”.
Podemos concluir que: pneus,resistência à rodagem e consumo de combustível estão diretamente ligados.
A importância dos serviços Michelin para redução da resistência à rodagem (+ Economia de combustível):
  • Manutenção e calibragem dos pneus
    É importante verificar regularmente se os pneus apresentam calibragem correta, perda de pressão, desgastes irregulares, agressões e/ou danos na banda de rodagem, traços de envelhecimento na borracha, objetos retidos na banda de rodagem ou entre geminados, etc. A manutenção correta e calibragem dos pneus diminuem a sua resistência à rodagem reduzindo o consumo de combustível do veículo.
  • Manutenção da Geometria do Veículo
    Uma manutenção correta da geometria do veículo; através do alinhamento e balanceamento, e regulagem dos freios diminuem as forças que se opõem ao deslocamento do veículo, reduzindo assim à resistência à rodagem e conseqüentemente o consumo de combustível.

Fonte: http://www.michelin.com.br/tudo-sobre-carros/mais-info/Verifique-a-pressao-dos-pneus-pelo-menos-uma-vez-a-cada-15-dias.html

PNEU - Conceitos

    Quando se fala de pneu, tem-se a impressão de que ele mudou pouco, afinal para muitos ele sempre foi preto, de borracha e cheio de ar. Mas saiba que, entre os componentes do carro, o pneu foi o que evoluiu mais rapidamente. No início os automóveis seguiam o princípio das carruagens, que usavam aros de ferro ou madeira até que, após a vulcanização, em 1843, começaram a ganhar aros revestidos de borracha. Ainda assim, eram duros e se quebravam com facilidade.
    
    A solução só surgiu três anos depois, exatos 40 anos antes da invenção do automóvel. Robert William Thomson criou em 1846 a bolsa de ar sobre a qual os carros se deslocariam no futuro, ob pneumático. Tornava os pneus mais duráveis e resolvia de vez o problema da falta de conforto. Mas, por falta de matériaprima de qualidade, Thomson desistiu da ideia e passou a recobrir as rodas com aros de borracha maciça. “Imagine um pneu que não se adapta a uma pedra na estrada, por exemplo.    
    Em vez de absorver seu formato, ele sobe nela, deslocando toda a massa do veículo. Era isso que tornava a rolagem mais difícil”, diz Argemiro Luís de Aragão Costa, engenheiro da SAE, instituição que congrega os engenheiros automotivos.
    
    Em 1888, o veterinário escocês John Boyd Dunlop adaptou pneus no triciclo do seu filho (na verdade, um tubo cheio de ar atado ao aro por fitas), e fez tanto sucesso que fundou a primeira fábrica de pneus do mundo. “Os pneus foram usados antes em bicicletas porque não suportavam muito peso. Tanto é assim que os primeiros pneus de caminhões eram maciços, e continuaram a ser por muitos anos”, afirma Costa.
    
    O princípio do tubo amarrado ao aro por faixas acaba sendo incorporado à estrutura do pneu, dando origem ao pneu diagonal em 1904. Os reforços, criados com faixas de algodão, davam à peça maior estabilidade e comportamento mais previsível, mas sua durabilidade era baixa. Por isso na época era comum levar em viagens de quatro a seis estepes. “Pneus diagonais tinham um problema sério com deformações, especialmente com caminhões que ficavam parados à noite. De manhã, o caminhão trepidava por causa da deformação até que os pneus se aquecessem e voltassem a sua forma”, diz Mario João Soares Pinheiro, engenheiro especializado em pneus da SAE.

Preconceito de cor
    
    Aderência não era o ponto forte de um pneu até 1908, quando Frank Seiberling, fundador da Goodyear, apresentou a primeira banda de rodagem com sulcos, que resultou num pneu com mais capacidade de tração. No mesmo ano a BFGoodrich adicionou fuligem (negro-de-carbono ou negrode- fumo, derivado de petróleo) à borracha, criando um material mais resistente e durável. Só que os pneus com lonas de algodão continuavam a ser frágeis e a esquentar muito, o que levava a estouros. Mas a fuligem criou também uma moda. Antes dela, todo pneu era branco, cor da borracha natural. Depois a fuligem passou a ser usada só na banda de rodagem, devido ao custo. Por isso, só os pneus caros eram inteiramente pretos, o que foi sinal de status até os anos 30. Depois o pneu faixa branca inverteu o jogo e passou a equipar carros sofisticados até os anos 70.

    Para fortalecer sua estrutura, as lonas de algodão foram trocadas por fibras sintéticas. “Para economizar peso e ganhar eficiência, novos materiais foram adotados, como raiom, náilon etc. Eles eram mais resistentes e produziam menos calor”, diz Costa.
    
    Com o tempo os automóveis se tornaram cada vez mais potentes e pesados. O que os limitava, muitas vezes, eram os pneus. Os finos e altos eram ótimos na chuva e na lama, mas pecavam em altas velocidades – não raro se deformavam tanto que saíam do aro. Já os baixos e largos, ou pneus-balão, eram bons no asfalto, mas dançavam muito na chuva.
    
    Foi aí que a Michelin apareceu, em 1946, com o primeiro pneu radial. Em vez de ter faixas sobrepostas, o pneu radial tinha uma estrutura ao longo de seu raio, sem sobreposições, o que gerava menos calor e aumentava sua resistência. Isso permitiu a criação de pneus com altura de seção mais baixa e com banda de rodagem mais larga. A moda foi lançada por carros de alto desempenho. “Depois os aros cresceram por causa do aumento dos freios, que vêm se tornando cada vez maiores e mais poderosos”, diz Pinheiro.

    Todas as demais evoluções se resumiram à aplicação e ao estudo de novas substâncias, como a sílica em vez da fuligem (hoje há bandas de rodagem que eliminaram completamente o derivado de petróleo), e ao uso de malhas de aço e de poliamida para dar maior resistência estrutural aos pneus.     
    Até que em 1974 surgiu a primeira inovação significativa em muito tempo: a Dunlop criou o pneu runflat, que pode rodar vazio. Mas que enfrenta agora um problema: ele é pesado, pois as paredes têm de sustentar o peso do carro, justamente num momento em que a redução de peso virou bandeira entre os fabricantes, para baixar o consumo.
    
    Uma solução para isso seria o Tweel, da Michelin, uma estrutura leve e muito resistente. Ainda há desvantagens, como o fato de aquecer muito em altas velocidades, mas as pesquisas continuam. Podemos, com ele, estar diante do próximo passo em mobilidade. Enquanto isso, o mundo não para.

UMA VOLTA PELA TECNOLOGIA

1843: Charles Goodyear patenteia o processo de vulcanização da borracha, que a deixa mais estável e resistente a mudanças de temperatura.

1846: Robert William Thomson inventa o pneumático, mas logo abandona a ideia em favor de tiras de borracha maciça em torno das rodas.
1888: John Dunlop põe um tubo de ar na roda de um triciclo e dá força ao conceito do pneu, que vira padrão a partir de 1895, quando a Michelin começa sua produção para carros.
1904: Goodyear e Firestone lançam o pneu diagonal, reforçado por faixas de algodão sobrepostas.

1910: A BFGoodrich adiciona fuligem (negro-decarbono) à borracha dos pneus, aumentando sua vida útil. É a fuligem que dá a cor negra típica.
1937: Devido à Segunda Guerra Mundial, a BFGoodrich começa a produzir o primeiro pneu feito com borracha sintética.

1938: A Goodyear substitui o algodão pelo raiom nas faixas dos pneus diagonais.
1946: Nasce o pneu radial, da Michelin. Diferentemente do diagonal, a estrutura não se sobrepõe, mas se alinha radialmente, durando mais.

1947: A BFGoodrich lança o primeiro pneu sem câmara, que havia sido patenteado pela Goodyear em 1903.
1947: Surge o primeiro veículo vendido com pneus runflat, o Mini 1275 GT, equipado com o Dunlop Total Mobility Tyre.
2005: A Michelin apresenta o Tweel, que suporta o carro por meio de raios deformáveis. Ele é mais leve e durável e não precisa de calibragem.

Matérias-primas

   A aparência externa remete à borracha. Ninguém imagina, no entanto, que a consistente circunferência fabricada para rodar por milhares de quilômetros em todos os tipos de estrada, campos enlameados, pedras, desertos e até terras geladas, conta com muitos outros itens que são responsáveis pela estabilidade necessária para garantir a segurança dos motoristas.
    A combinação perfeita de matérias-primas, como borracha natural, derivados de petróleo, aço e produtos químicos, dá origem ao pneu, considerado um dos principais componentes dos automotivos. A parcela de utilização de cada um desses itens na fabricação varia de acordo com a utilização que será dada ao produto final. Prova disso é a diferença da composição entre os pneus de passeio e de caminhão, por exemplo.
    No pneu de passeio, a borracha predomina, sendo 27% sintética e 14% natural. O negro de fumo constitui 28% da composição. Os derivados de petróleo e produtos químicos respondem por 17%, o material metálico (ou aço) por 10% e o têxtil por 4%.
    Os pneus de automóveis são projetados para suportar altas velocidades, enquanto os pneus de carga são fabricados de acordo com o peso que deverão sustentar. Com isso, a quantidade de borracha natural nos pneus de caminhões está em torno de 30%.
Vantagens dos Pneus Originais
    Que os pneus originais têm mais durabilidade e um melhor desempenho isso é indiscutível. O que a maioria dos usuários não leva em consideração é que o pneu não é só um componente importante para a performance do transporte, mas essencial à segurança. Fabricado para atender os hábitos de consumo, as condições climáticas e as características do sistema viário existente em cada país, o pneu é parte fundamental do cotidiano das pessoas.
    Esse item básico da composição de um veículo é utilizado desde o lazer de uma família até práticas de serviços à sociedade como o transporte de pessoas e de carga. Para garantir a confiabilidade dos pneus dos carros de passeio, ônibus e caminhões, a indústria de pneumáticos realiza investimentos constantes em novas tecnologias, com o desenvolvimento de novos produtos que possam atender às exigências do consumidor.
  Os fabricantes destacam como ponto importante a qualidade e a distinção dos materiais responsáveis pela produção dos pneus automotivos originais, que possuem certificação compulsória pelo INMETRO. Além disso, os pneus originais contam com a certificação da União Européia e do DOT (Departament of Transportation dos Estados Unidos), condição essencial para a exportação desses pneus. O usuário do pneu original conta também com garantia de cinco anos contra defeitos de fabricação.
    Outro fator importante dos pneus originais são as informações nas laterais, dados imprescindíveis para conhecimento do consumidor quanto à origem do pneu (data de fabricação, tipo de pneu, nome do fabricante, entre outros). Obrigatoriamente, os indicadores de desgaste na banda de rodagem, que alertam o consumidor quanto à vida útil do produto, estão em todos os tipos de pneus automotivos.
    Cuidados como a sobrecarga e a periódica manutenção dos pneus garantem a segurança de seus usuários, oferecendo rendimento e uma economia de combustível de até 20% para carros e 40% para os casos dos caminhões.
Cuidado com os pneus
    A vida útil dos pneus depende de uma manutenção cuidadosa do motorista. Nesta área, a ANIP orienta sobre limite de segurança, baixa pressão, curiosidades sobre pneus sem câmara e dicas importantes para o rodízio.
Limite de Segurança
    O desgaste máximo do pneu (limite de segurança) é de 1.6 mm de profundidade dos sulcos. Abaixo dessa medida, o pneu já passa a ser considerado “careca”. A resolução do Contran 558/80 estabelece que trafegar com pneus abaixo do limite é ilegal. O veículo pode ser apreendido.
    Os pneus vêm com ressaltos na base dos sulcos para indicar o limite de segurança sem ter que se usar um medidor. Basta vistoriar bem o pneu periodicamente.
Veja as implicações do uso de pneus abaixo do limite:
1 – Aumento da propensão de derrapagens laterais, mesmo em pista seca
2 – O espaço necessário para frenagem aumenta, mesmo em pista seca
3 – Não dão drenagem adequada de água, causando grande instabilidade em pistas molhadas
4 – Aumenta o risco de estouros
Manutenção Mecânica
    Vários componentes mecânicos do veículo podem interferir na quilometragem dos pneus, ocasionando também desgastes prematuros e insegurança.
    Amortecedores ou molas, freios, rolamentos, eixos e rodas agem diretamente sobre os pneus.
Balanceamento de Roda
  O desbalanceamento das rodas, além de desconforto ao dirigir, causa perda de tração, de estabilidade, desgastes acentuados em componentes mecânicos e no próprio pneu.
    Deve-se balancear as rodas sempre que surgirem vibrações e, na troca ou conserto do pneu, ou a cada 10.000 km rodados.
Alinhamento de Direção
  Desvios mecânicos provocam desgastes prematuros de pneus e desalinhamento de direção, deixando o veículo instável e inseguro.
   Deve-se alinhar o veículo quando sofrer impactos na suspensão, na troca de pneus ou quando apresentarem desgastes irregulares, quando forem substituídos componentes da suspensão, quando o veículo estiver puxando para um lado, ou a cada 10.000 km.
Baixa Pressão
   O descuido com a calibragem dos pneus traz sérias conseqüências para a durabilidade do produto. A baixa pressão é um dos inimigos do pneu. Apresenta vários problemas, envolvendo inclusive riscos de segurança, como:
-Aceleração do desgaste geral do pneu (trabalha mais quente)
-Aumento do desgaste nos ombros (apoio maior sobre esta área)
-Maior consumo de combustível (maior resistência de rolamento)
-Perda de estabilidade em curvas (menor área de contato com o solo)
-Direção pesada e perda da capacidade de manejo (maior resistência)
-Eventuais rachaduras na carcaça, na área dos flancos (flexão e calor aumentados)
-Eventual quebra circunferencial da carcaça, na área dos flancos (flexão e calor aumentados)
-Eventual bolsa de separação entre lonas e sob a rodagem (gerada por calor e alastrada por flexão e atrito)
-Eventual desagregação da rodagem (iniciada geralmente pelos ombros, onde o calor se acumula mais)
-Desgaste prematuro dos terminais de direção (aumento de exigência)
Excesso de Pressão
    Os problemas de excesso de pressão são menores do que os da falta de pressão:
-Desgaste mais acentuado no centro da rodagem (apoio maior sobre esta área)
-Perda de estabilidade em curvas (menor área de contato com o solo)
-Rachaduras na base dos sulcos (esticamento excessivo)
-Maior propensão a estouros por impacto (menor absorção)
Rodízio dos Pneus
    O rodízio serve para compensar a diferença de desgaste dos pneus, permitindo mais durabilidade e eficiência. Proporciona também melhor estabilidade, especialmente em curvas e freadas.
-Mudança para pneus diagonais de passeio: a cada 5000 Km
-Mudança para pneus radiais de passeio: a cada 8000 Km
-O primeiro rodízio é o mais importante. E
le é o ponto chave para uma vida longa e uniforme.

A IMPORTÂNCIA DO ALINHAMENTO

    O que os olhos não veem o coração pode não sentir, mas o carro sim. Se você escutar seu carro cantar pneus em velocidade baixa e perceber certa imprecisão no volante, cuidado: seu carro pode estar desalinhado. Por baixo de uma aparente normalidade, pode haver deficiências no contato dos pneus com o piso, com diversas consequências. A alteração pode ter origens diversas. As rodas podem ter batido contra algum buraco ou obstáculo ou, simplesmente, ocorrer devido ao desgaste natural dos componentes da suspensão. Os especialistas recomendam conferir o alinhamento da direção a cada 10 000 km ou na ocorrência de algum incidente que possa causar avarias no veículo, mesmo que, visualmente, esse evento não tenha tido maiores consequências. Muita gente negligencia esse tipo de cuidado porque, como toda manutenção preventiva, o serviço de alinhamento só se revela útil quando deixa de ser feito e surgem os problemas.

    Para demonstrar o que acontece com um carro que roda desalinhado, levamos nosso Ka do teste de Longa Duração para a pista e comparamos seu comportamento com o alinhamento dentro das especificações de fábrica e com as rodas dianteiras desalinhadas cerca de 8 milímetros cada uma, reproduzindo um desvio que pode existir após 10 000 km de uso. O teste consistiu em rodar em velocidades crescentes, em uma curva de raio constante, avaliando o controle direcional do carro. 
    
    Como dados objetivos, registramos as medidas de velocidade e aceleração lateral (g). O local do teste foi o Campo de Provas da GM, em Indaiatuba (SP), em uma pista apropriada para esse tipo de avaliação, cujo raio de curva é de 65 metros. Ao volante, contamos com a consultoria e colaboração do piloto da Pirelli, César Urnhani, especialista em testes de desenvolvimento de pneus. “Comecei a escorregar”

    Com as rodas dentro do alinhamento preconizado pela fábrica, o piloto conseguiu levar o Ka à velocidade de 54,3 km/h, com uma força lateral de 0,77 g, sem perder a trajetória. O teste foi realizado nos dois sentidos da pista, como forma de avaliar e neutralizar qualquer desequilíbrio entre os dois lados do veículo. Depois, já com as rodas desalinhadas, Urnhani não passou de 49,8 km/h, com uma aceleração lateral de 0,71 g.

    A explicação para essa diferença é que, uma vez fora das especificações da Ford, os pneus do Ka perderam área de contato com o piso. “Foi por isso que eles começaram a cantar mais cedo”, diz Urnhani. O piloto notou que, no primeiro ensaio, os pneus cantavam a partir de 51 km/h e, no segundo, já se manifestavam a 45 km/h. Cantada de pneu não tem nada de sedutor. Pelo contrário. “É o pneu dizendo: ‘estou no limite, comecei a escorregar’”, afirma Urnhani.

    À primeira vista, 4,5 km/h e 0,06 g podem parecer diferenças pequenas. Mas, se o nosso Ka, continuasse a rodar sem manutenção, o desalinhamento cresceria e as consequências seriam maiores. O desvio de 8 milímetros aumentaria e os pneus com contato precário se desgastariam de modo pouco uniforme, diminuindo progressivamente sua capacidade de aderência e sacrificando componentes da suspensão. “Os defeitos se agravam de forma exponencial”, diz Urnhani. Depois de 5 000 km, a diferença de velocidade poderia pular para 15 km/h, e depois para mais, até ocorrerem danos graves que impediriam o veículo de se movimentar, se ninguém fizesse nada.

    Nós realizamos o teste em uma trajetória curva, por ser uma situação de aderência e estabilidade direcional mais crítica e fácil de demonstrar a influência do alinhamento no comportamento do carro. Mas as dificuldades ocorrem também em linha reta. Com as rodas desalinhadas, existe maior resistência ao rolamento porque o pneu roda meio de lado, sendo arrastado (o que força a roda a sair ainda mais de sua posição original). Como consequência imediata, há o desgaste dos pneus, o comprometimento da dirigibilidade e o aumento do consumo de combustível. Em uma frenagem, dependendo do estado do pneu, como a área de contato é menor, pode aumentar substancialmente a distância de parada, além do risco de desvio da trajetória, que pode puxar tanto para a direita quanto para a esquerda. E cai também a capacidade de escoamento de água em dias de chuva.

    O cantar é sintoma de algo errado, mas pode não ser em razão de desalinhamento, e sim por problemas de calibragem. Por esse motivo, além de calibrar os pneus toda semana, vale fazer um exame visual da banda de rodagem, para verificar se existe desgaste irregular. Mas não adianta olhar o pneu pela lateral, é necessário examinar a banda de rodagem inteira. Isso porque o desgaste provocado pelo desalinhamento ocorre na parte da banda que fica escondida pelo pára-lama. 
    
    Dependendo do tempo que o carro roda desalinhado, seus olhos verão. E, se seu coração não sentir, o bolso certamente acusará o golpe.

BALANCEAMENTO
    O objetivo do balanceamento das rodas, como o nome diz, é balancear as massas do conjunto roda e pneu que, por algum motivo, podem estar em desequilíbrio. O primeiro sinal de que a roda está desbalanceada é uma vibração sentida no volante, quando a roda com problemas está no eixo dianteiro, ou no assoalho, no caso do eixo traseiro. Além do desconforto, porque o pneu literalmente pula como se fosse uma bola de basquete, essa vibração compromete a estabilidade e provoca desgaste irregular dos pneus, diminuindo a vida útil dos componentes da suspensão, como amortecedores, buchas e borrachas.

GEOMETRIA ANALÍTICA

Os ajustes permitem que os pneus fiquem em perfeito contato com o piso
    Alinhar a direção significa ajustar três pontos da geometria da suspensão – a suspensão engloba todo o conjunto de molas, amortecedores, braços e também os pneus e componentes do sistema de direção –, que são conhecidos como divergência (ou convergência), câmber (ou cambagem) e cáster. 

    
    A divergência (1) é a posição das rodas em relação a um plano longitudinal. O câmber (2) é o ângulo formado pela inclinação da roda em relação ao plano vertical. E o cáster (3) é o ângulo formado pelo eixo da direção e pelo plano vertical. Em uma bicicleta, é a inclinação do garfo que cria esse ângulo. O câmber e o cáster, normalmente, só se alteram em razão de acidentes ou avarias, enquanto a divergência muda em decorrência do uso do veículo (acidentes ou avarias também).

ONZE VERDADES SOBRE O MUNDO DOS PNEUS

1. Você sabia que ao rodar um pneu aumenta de tamanho? Em movimento, o ar pressiona a parte interna do pneu, em especial o centro da banda de rodagem. Quanto mais rápido o pneu gira, maior ele fica. Mas você nunca verá esse aumento a olho nu. O máximo que se tolera, dentro dos padrões internacionais, é uma expansão de 2%.

2. Os pneus têm data de validade. Ela é de cinco anos a partir da data de fabricação, que é informada por um número de três algarismos na lateral do pneu, perto da palavra DOT. Ele indica a semana nos dois primeiros algarismos e o ano de fabricação no último. Por exemplo, o número 428 indicaria que o pneu foi fabricado na 42ª semana de 2008.

3. Um pneu é feito com 15 a 20 tipos de borracha, pois cada tipo tem uma função. Os compostos são criados em separado e depois agrupados, cada um na parte que lhe cabe (banda, lateral, interior etc.), e são vulcanizados juntos, formando a estrutura única que você vê na loja.

4. Hoje, o pneu poderia ser transparente, como as rodas de skate ou patins. Antigamente, o que determinava sua cor era a fuligem (ou negro-de-fumo). Com o tempo, a cor passou a ser uma função da sílica, que vem substituindo o negro-de-fumo na composição do pneu. Mas já houve no Brasil pneus coloridos à venda. Antes da Copa de 1998, a Michelin lançou o pneu Artilheiro, com banda de rodagem verde-amarela, em homenagem à seleção brasileira.


5. A lateral fornece vários dados sobre o pneu, inclusive a velocidade máxima a que ele pode ser submetido. Num 245/40 R17 91W, o 245 é largura da banda de rodagem (245 mm), 40 diz que seu perfil tem 40% de altura em relação à banda (40% de 245 mm = 98 mm), o 17 é o tamanho do aro em polegadas, o 91 é o índice de carga e a letra W revela que ele pode suportar até 270 km/h. Por falta de letras, pneus acima dos 300 km/h recebem o código “Y” (com o Y entre aspas mesmo). O código Y (sem aspas) é o penúltimo da tabela, para pneus que rodam até 300 km/h.

6. O maior pneu de produção em série do mundo é feito pela Titan International, nos Estados Unidos: mede 4,30 metros de altura, pesa 5,7 toneladas e é colocado em uma roda de aro 63. Cada um custa cerca de 50 000 dólares. É usado em caminhões de mineração, monstros de até 650 toneladas e 6,5 metros de altura, que levam até 400 toneladas e têm motores de até 3 600 cv.


7. Pneus agrícolas em geral usam água em seu interior. Como os tratores costumam rodar sobre terra fofa, eles precisam ter o maior peso possível para conseguir a aderência necessária. E a água é o material mais barato do mercado para dar lastro aos pneus.

8. Atualmente, a maioria dos pneus não é feita com borracha natural, que vem da seringueira. Ele é quase que inteiramente produzido a partir do petróleo. O pneu de um carro de passeio leva em sua produção cerca de 25 litros de petróleo.

9. Os pneus são responsáveis, em média, por 20% do consumo do carro. É na cidade que eles pesam mais, chegando a 25%. Nas estradas, onde a velocidade é maior, a resistência ao ar acaba ganhando um peso maior. Em caminhões, os pneus podem responder por 33% do consumo.

10. A pressão de um pneu depende da carga que ele vai transportar e do conforto que se quer proporcionar. É por isso que alguns pneus de bicicleta podem chegar a 100 libras por polegada quadrada, especialmente os mais finos, de competição. Por outro lado, pneus de tratores podem usar só 10 libras.


11. O pneu de um avião pode ser recauchutado 11 vezes e é calibrado com nitrogênio, para que sua pressão interna não se altere tanto com as variações de temperatura a que é submetido. Não é para menos, afinal um pneu desses pode ser submetido a -60 °C durante o voo e, na aterrissagem, pode alcançar 100 °C.



Fonte: http://www.fiesp.com.br/sinpec/sobre-o-sinpec/historia-do-pneu/originais/
http://quatrorodas.abril.com.br/autoservico/reportagens/importancia-alinhamento-475980.shtml