No Brasil, a sigla FMEA foi traduzida como Análise
dos Modos de Falha e seus Efeitos e funciona como uma ferramenta que tem o
objetivo de evitar possíveis problemas durante um processo industrial.
Entre os processos industriais que existem para
evitar erros está o FMEA, que em inglês se refere à Failure Mode and Effects
Analysis. No Brasil, a sigla foi traduzida como Análise dos Modos de Falha e
seus Efeitos e funciona como uma ferramenta que tem o objetivo de evitar
possíveis problemas durante um processo industrial.
Para tanto, o método realiza uma análise das
possíveis falhas que podem ocorrer em componentes e gerar um efeito sobre a
função de todo o conjunto. Assim, são analisadas as falhas potenciais e
propostas ações de melhoria para o desenvolvimento do produto ou do processo. O
FMEA faz uso, portanto, da prevenção, ao detectar falhas antes mesmo que elas
ocorram.
Para que serve o FMEA
Em especial, o FMEA serve para minimizar e mesmo
eliminar a ocorrência de falhas em produtos e processos, bem como evitar as
suas consequências. Mas não é só isso, indiretamente, a ferramenta serve para
reduzir custos para a empresa, sendo que a metodologia pode também reduzir a
quantidade de matéria prima empregada em um processo e vai tornar todo o
procedimento mais eficaz.
Já que o FMEA está diminuindo as chances do produto
ou processo falhar, quem ganha também é o consumidor. Se o artigo fabricado é
adquirido pelo consumidor final, ele vai correr um risco menor de comprar um
produto que apresente problemas de fabricação, evitando que tenha que contatar
a assistência técnica. Mesmo quando o serviço terceirizado prontamente repara e
cobre a falha, existe um grau de insatisfação do cliente.
Além disso, existem os casos em que um produto que
pode apresentar falhas futuras pode colocar em risco a vida dos consumidores
indiretos, como aviões e aparelhos de hospitais.
Como surgiu o FMEA?
A metodologia de Análise dos Modos de Falha e seus
Efeitos tem a mesma origem que muitas outras ferramentas: uso em operações
militares. Muitas das tecnologias usadas, atualmente, vieram da guerra, como a
Internet e a energia nuclear. No caso do FMEA, ele surgiu no ano de 1949, nos
Estados Unidos, na época, foi denominado de Procedures for Performing a Failure
Mode, Effects and Criticality Analysis.
No fim dos anos 40, o propósito do FMEA consistia
em uma técnica para avaliação de confiabilidade dos sistemas e falhas em
equipamentos. Depois de algum tempo, a NASA também se apoderou da metodologia e
começou a usar variações da ferramenta desenvolvida pelos militares.
Na sequência, a próxima empresa que fez uso do FMEA
foi a Ford, que tinha como principal objetivo cumprir as normatizações
de segurança para veículos da época. Hoje em dia, o seu uso é amplo
nos mais diversos segmentos da indústria.
Onde pode ser
aplicado o FMEA?
Para usar o FMEA é preciso profissionais
capacitados, que saibam seguir a sua metodologia. Atualmente, a indústria
emprega a técnica para proporcionar melhoria de processos ou produtos, para
tanto, é preciso realizar uma análise feita de maneira fracionada. Ou seja, é
necessário olhar para cada parte, para se melhorar o todo.
Mas não é só isso, o FMEA também tem a sua aplicação
para o projeto de novos produtos ou processos. Para muitos profissionais, esse
é o seu melhor uso, uma vez que se nessa etapa for utilizado com perfeição é
pouco provável que nas etapas seguintes apresente falhas, muito menos quando
estiver na casa dos consumidores finais. Embora o seu surgimento estivesse
ligado com a fase de projeto de novos produtos e processos, a metodologia FMEA
passou a ser aplicada, ainda, nos processos administrativos. A engenharia de
segurança e a indústria de alimentos são também outros setores da indústria que
usam de forma constante o método FMEA, para garantir um produto de melhor
qualidade.
Por Fábio Henrique e Vivian Fiorio
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